Chic – Glória Kalil
Etiqueta: um certo mau cheiro no ar… 12.02.2009
Alô, Chics! Fui a Brasília fazer uma palestra para uma mega-empresa de grande trânsito junto ao governo e a companhias estrangeiras. O assunto era “Etiqueta empresarial e dress code para o trabalho”. Como sempre acontece, depois que termino de falar ainda passo uma boa hora respondendo às dúvidas dos participantes – o que, para mim, é um dos momentos mais interessantes do programa.
Mas devo confessar que, pela primeira vez, embatuquei diante de uma pergunta e tive que dizer que não tinha a menor idéia de como resolver a questão. O problema que me colocaram, de um modo até muito bem humorado, era: o que fazer quando um colega tem um mau hálito de derrubar parede?
Não faço a menor idéia! Também não sei como resolver o assunto. No meu livro Chic[érrimo], até faço uma piada com o caso dizendo que algumas situações só se resolvem com bilhete anônimo; mau hálito (assim como qualquer outro cheiro corporal desagradável) é um deles.
Juro. Não há como dizer isso para uma pessoa sem que se crie um constrangimento insuperável. É o tipo da coisa impossível de dizer e de ouvir numa boa. Vocês acham o fim do mundo eu ter sugerido o bilhete anônimo? Nem tanto. Basta dizer que a seriíssima Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO) inventou uma saída para essa encrenca: você acessa o site da associação e eles se encarregam de mandar um e-mail ou cartinha ao portador de halitose (é assim que se chama o infeliz que tem mau hálito).
A mensagem, que não identifica o remetente, diz que “um amigo” pediu que eles entrassem no circuito para avisar que existe solução para o problema, dando endereços de especialistas no assunto. Não é ótimo? Se vocês estiverem diante de um horror desses, acessem http://www.abha.org.br (editado) e procurem o cantinho do S.O.S Mau Hálito: lá está a solução! Adorei saber que essa mágica existe!