Diferentemente do que pensamos, nem sempre a boca seca representa uma real falta de saliva, por isso torna-se importante identificar, através de testes clínicos e de um exame chamado sialometria se a queixa de boca seca está ou não associada a uma real diminuição da produção de saliva.
Quando há a queixa de boca seca e não se constata uma real diminuição da produção de saliva, dizemos que existe a xerostomia, onde há a sensação subjetiva (sensação) de boca seca.
A real diminuição da produção de saliva, também chamada de hipossalivação, pode ocorrer por inúmeros fatores como: estresse crônico excessivo, o uso de medicamentos que diminuem a produção de saliva como efeito colateral, doenças como o Diabetes e Síndrome de Sjogren, alterações patológicas das glândulas salivares e a radioterapia de cabeça e pescoço. Esta condição favorece o aparecimento de cáries, das doenças de gengiva, ardência bucal e dificuldade para engolir entre outras.
Já a xerostomia (sensação de boca seca) pode estar associada à respiração bucal e ao ronco, porém na ausência destes, pode ser uma alteração na percepção sensorial do indivíduo cujas causas ainda não são bem compreendidas. Essa condição é comumente relacionada a períodos de estresse intenso, podendo muitas vezes, ser considerada de origem psicossomática. No entanto, é importante ressaltar que nesses casos, apesar da quantidade da saliva estar normal, o que pode estar alterada é a composição salivar, sendo necessária uma investigação das características da saliva, como a viscosidade, Ph, turbidez e coloração.
Salientamos que para medir, avaliar e tratar as possíveis alterações dos padrões salivares um profissional capacitado deve ser consultado. Ambas as situações podem ser acompanhadas da halitose (mau hálito), por isso no tratamento da halitose é feito o diagnóstico e tratamento da queixa de boca seca.